MIASTHENIA LYRICS

1. Ymaguare

Ymaguare (desde tempos antigos)
Mbaraete (forte)
Yma (no passado remoto)

Ymaguare (desde tempos antigos)
Mbaraete (forte)
Yma (no passado remoto)
Joe opu'ã (guerrear)

Ymaguare (desde tempos antigos)
Mbaraete (forte)
Iatã (persistir)
Iko tema (viver em liberdade)

2. Novus Orbis Profanum

Tropas invasivas
Vindas de além-mar
Rumo ao Novus Orbis
Na rota do Eldorado
Na busca pelo ouro
A cruz e a espada pelos tesouros de Omagua

Novus orbis profanum

Alegoria do mal
Terrae incognitae

Filhos de Cam
Atlantes perdidos
De mitos que se tornam reais
Na cosmografia do medo

Novus orbis profanum
Alegoria do mal
Terrae incognitae

Amazonas em armas
Milícias selvagens
Hordas do anticristo que guardam o Eldorado
Livres como o vento
Indomáveis
Guardiãs do ouro de Omagua
Nas fronteiras do possível

Meu reino perdido
Das crônicas infames
Do mais profundo medo
Da subversão da ordem sagrada
Perplexo, estranho, desconhecido

3. Conjupuyaras

Nos domínios sombrios do grande rio-mar
Unimos ao círculo de poderosas guerreiras
Na rota do Eldorado
No reino das coniupuyaras
Por suas próprias leis
Resistir e lutar

Eis aqui as guerreiras do Thermidon
Do Reino de Resmacoron
Herdeiras das Fúrias
Guardiãs do fogo sagrado
Do templo dourado
Último avatar de deusas guerreiras

Correm as amazonas
Nas fronteiras do possível
Heranças de um mundo antigo

Eis o mundo de Gaboymilla
Rainha "Céu de Ouro"
Cacicados de deusas guerreiras
Soberanas
Coniupuyaras
Iamaricumã
Icamiabas
Coñori
Soberanas

Resistem as amazonas
Resistem as amazonas
Contra a idolatria de um deus inimigo

4. Antípodas

Mundo longínquo
Espelho de si
De medos que habitam as lendas
Descobertas de um mundo outro no tempo
Refúgios do mal em sua mente

Antípodas
Eschatiá
Onde a norma humana subverte

Antípodas do medo
De relatos infames
Onde a normal humana subverte

Eschatiá
Antípodas

Mapas antigos
Cosmografias infames de terras longínquas
Nos limites da Eschatiá
Domínios do anticristo

Navegando em águas austrais
Percorrendo o desconhecido
Ymago Mundi
Seu destino

São imagens de Magog
Que se projetam
Sobre a terra de Iwaipanoma
Magog
Iwaipanoma

Cinocéfalos teratológicos
Que negam a sua razão
Nas fronteiras do desconhecido
Imagens do anticristo
Amazonas e Canibais
Seres da Eschatiá
Que habitam as Antípodas
Na mais obscura barbárie

Speculum orbis
Antípodas do medo
Separando mundos rivais
Norte e sul
Leste e oeste

Confrontando imagens sagradas
Do Orbis Terrarum
Pondo fim a Gesta Dei

Nas Antípodas-resistir!

5. Ossário

Paisagens de medo
De verde profundo
De templos de pedra que reluzem na escuridão
Na terra de temidas guerreiras
Expedições hostis se aproximam para converter conquistar

No ossário das Amazonas
Sacrifícios à grande deusa

Ídolos femininos de pedra
Nos altares do templo
Sangue e corações humanos
Imagens de deusas guerreiras
Soldados inimigos
Recusam acreditar
Num mundo tribal
De ordem matriarcal

No ossário das Amazonas
Sacrifícios à grande deusa

São as lendas demoníacas
Que nascem do temor
E do desejo de dominar
Um mundo tribal
Insubmisso e perturbador
Que não irá se ajoelhar diante da cruz

Ossário de deusas guerreiras
Santuário da morte
De cultos à insubmissão
Altares de rebelião

6. 1542

Dos mares que conduzem ao desconhecido
Exploram rotas
Em busca de mitos imaginários
Do paraíso terrestre

Desbravando o grande rio-mar
Nos domínios de temidas guerreiras
Seus aliados anunciam as amazonas

Olhos que perseguem na escuridão
Espíritos guardiões do grande rio
No santuário de temidas guerreiras amazonas

Maldições da travessia - Ceifando invasores
Maldições da travessia - Destruindo invasores

Prepare para o ataque
Pela força e honra do Muiraquitã
Prepare para o ataque
Pelo legado das amazonas

Contra as tropas de Orellana em ataque
Inimigos invasores
Contra ataques de arcabuzes
Respondem nuvens de flechas

A Amazona aponta seu arco invicto
Invencível
Sua existência profana
Evoca mundos esquecidos
Para além do intransponível rio-mar
Abrace o infinito
Pela força e honra do Muiraquitã
Pelo legado das Amazonas

7. Araka'e

Tempos remotos
Passado presente
De um mundo antigo
De um continente desconhecido
Que sangrou por histórias, mentiras
Escapando à compreensão
Legendário
Afrontando a ordem sagrada
Corrompendo o monoteísmo
Em gritos insanos
Que trazem espíritos do passado

Projeções míticas de velhos inimigos
Cicatrizes profundas
Nas memórias de tempos ancestrais
De sabedoria selvagem
Que corre em minhas veias
Memórias da resistência

Araka'e

Um mundo antigo
Cravado no chão da floresta
Nos ritos tribais
Perdido nas lendas
De flechas imbatíveis
De diferenças que fogem ao controle
Que desmentem as Escrituras
Que ameaçam sua Doutrina

O medo imemorial de povos malditos
Se abate sobre crente ignorantes
Protagonistas de uma "guerra santa"
Num continente desconhecido
Mas no meu reino maldito
Fantasmático
Suas cabeças escalpeladas
Queimam na escuridão

Araka'e! Memórias de ritos tribais
Araka'e! Da criação ao caos

Ouçam histórias de tempos tribais
De genocídios soterrados

8. Bestiários Humanos

Seu deus fincado na cruz
Não faz sentido para mim
Inquisição, extirpação, idolatrias
Criam bestiários humanos
Raças infames
Mundos do "não ser"
Em continua rebelião

Memórias dissidentes de reinos malditos
Libertando o passado
Celebrando a dispersão
Destronando o maniqueísmo
Libertando o passado
E o fim da história única
Nos altares da resistência ancestral

Memórias dissidentes
De nações tribais
Memórias dissidentes
De mundos possíveis

Sem fé, nem lei, nem rei
Meu mundo antípoda

Bestiários humanos em continua rebelião
De estranhos saberes
Memórias dissidentes
De mundos possíveis em contínua rebelião
De seres antropomórficos, híbridos, disformes
Indomáveis mundos do "não ser"
Bestiários humanos em continua rebelião

Em continua rebelião... Em continua rebelião...







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